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Exposição de fotografia

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A partir do próximo sábado dia 26 de novembro, no centro comercial GALA em Lublin, e até ao dia 15 de dezembro estará patente ao público uma exposição coletiva de fotografia sobre Portugal, organizada pelo Centro de Língua Portuguesa Instituto Camões (CLP/IC)em colaboração com a Biblioteca Municipal de Lublin. Os autores são todos amadores, de idades e áreas profissionais distintas e em comum têm a paixão pela fotografia e por Portugal.   No ano passado o (CLP/IC) organizou um concurso de fotografia amadora, que reuniu cerca de 140 trabalhos, e que agora   fazem parte do espólio do museu da UMCS. Expostas estarão, entre outras, algumas dessas fotografias. 

“ É lembrança di nha infância... ”

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          Queria contar-lhes a história dum concerto inesquecível que pude ouvir há anos atrás. No dia 5 de agosto de 2006, muitos fãs vieram ao festival Globaltica (1) organizado em Gdynia,  para ver uma famosa cantora cabo-verdiana, Cesária Évora. Embora fizesse muito frio aquela noite, não houve nenhum assento livre no auditório. Vestindo um sári violeta, Cesária Évora apareceu por fim no palco sem sapatos como o sinal da solidariedade com os pobres de Cabo Verde. Iniciou o show com a canção Isolada do seu primeiro álbum. A sua fabulosa voz misturou-se com os instrumentos. O resultado foi uma melodia de folk sentimental combinada com os ritmos afro-cubanos. Mesmo que o público não compreendesse o seu crioulo cabo-verdiano, foi capaz de imaginar a pura beleza tropical e a maravilhosa gente da sua pátria. Depois, suportada pela banda dos músicos excelentes, Évora cantou numerosas baladas do seu segundo álbum. As melodias melancólicas eram cheias de saudade e tristeza. Aquela mesma n

NÃO É UM ESTEREÓTIPO TÃO FEIO COMO O PINTAM...

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Os polacos sabem responder corretamente a 80% das perguntas sobre Portugal! O vinho, o clima mediterrânico e naturalmente Cristiano Ronaldo são quase os símbolos deste país para o polaco típico. Esse é o resultado de um estudo realizado por mim recentemente num grupo numeroso de pessoas entre 18 e 50 anos, de profissões e gostos variados. Para recolher os dados foi utilizada uma pesquisa com as perguntas fechadas e abertas sobre a geografia, a política e a cultura de Portugal. Os entrevistados responderam corretamente a 80% das perguntas. No que diz respeito às informações tais como a capital ou a bandeira de Portugal, os inquiridos não desiludiram. 100% conhece qual é a cidade mais importante e que cores compõem o símbolo representativo do país. No entanto, apenas metade tem  consciência de qual é o sistema político. Levanta-se a hipótese de que tal fato poderia ser explicado devido à falta de interesse dos polacos sobre as relações externas entre a sua pátria e outros paí

A Encruzilhada

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Cá estou, de cócoras sobre uma galinha meio-morta e dessangrada. Observo com atenção os desenhos que fiz no chão de terra, dois pequenos desenhos que tão aplicadamente criei com pólvora e farinha. O primeiro tem a forma de uma grande cruz num pedestal, com um pequeno caixão dos dois lados. O segundo é um coração salpicado de estrelas e riscas de farinha a serpentear em volta dele. Uma coluna de madeira liga o chão ao tecto. De olhos fechados, tomo fôlego e o ar denso enche-me com o cheiro do espaço que me rodeia. A doçura untuosa da palha que recheia os muros de adobe, gastos e amarelados; a irritação invisível do pó preto e branco, espalhado pela terra; o odor doce e fluido da cera de cem velas a derreter-se; o resquício metálico do sangue do animal que reflecte o preto do tecto, já coberto de fuligem. Cheira a carvão queimado e a suor e a couro. Uma faixa castanha é tudo o que ainda cobre a minha pele, agora e sempre. Ajoelho-me diante de um altar coberto de vapor. Levanto os ol

O DISCO QUE MUDOU PORTUGAL

  Na capa do single „Chico Fininho” de 1980 pode-se ver um jovem magro e bigodado, com óculos estilo aviador, uma guitarra pendurada no ombro, a mão com relógio de pulso colocada na anca, um ar despreocupado, em frente dele – o microfone. O jovem – Rui Manuel Gaudêncio Veloso – em 2010 celebrou 30 anos de carreira no palco; a canção sobre o „freak da Cantareira” abriu-lhe a porta ao grande sucesso que dura até hoje.   O grande Rui Veloso tinha a mesma idade que eu agora, quando gravou o disco que iria revolucionar a música portuguesa: „Ar de Rock” (1980). Foi em 1976 que Veloso iniciou uma amizade e, ao mesmo tempo, colaboração com outro jovem com gostos musicais parecidos aos seus, Carlos Alberto Gomes Monteiro , conhecido como Carlos Tê. No princípio os dois amigos trabalhavam com músicas em inglês, mas a editora, interessada em assinar contrato com eles, exigia que escrevessem e cantassem em português. Tê escreveu as melhores letras que se podia sequer sonhar, história