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A mostrar mensagens de setembro, 2011

Palavras de incentivo

Quero-vos dar os parabéns e uma palavra de incentivo pela criação da revista – blog e sobretudo pela qualidade literária e gramatical dos textos, que me surpreendeu. Não estava à espera de encontrar textos tão bem escritos, o que prova a qualidade dos alunos... e dos professores.  Se é verdade que a língua portuguesa é a minha pátria , então podemos dizer que a pátria está a crescer em número e qualidade. Um abraço, David Ferreira (enviado por email em 26/09/2011)

Dia Europeu das Línguas I

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No âmbito da comemoração do Dia Europeu da Línguas, o Centro de Língua Portuguesa do Instituto Camões em Lublin (CLP/IC) recebeu uma visita de um grupo de crianças do Jardim de Infância nº33 de Lublin. A pequenada teve direito a uma aula de português preparada especialmente  Aprenderam canções portuguesas e alguns poemas.  

Vila Real- cidade de Erasmus

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  Três meses fora de casa, da família, da Polónia. Três meses noutro país e com os desconhecidos. A experiência maravilhosa. Numa palavra: bem-vindo Portugal. Tive a oportunidade de passar três meses (fevereiro- maio) em Portugal como uma estudante do programa Erasmus. Escolhi Vila Real- uma cidade na região de Trás-Os-Montes e Alto Douro. Foi a minha primeira viagem em todos os aspetos: sozinha (quer dizer sem família), fora do país natal e a Portugal. É muito difícil descrever tudo num artigo, pois tentarei partilhar com vocês, caros leitores, as coisas mais significativas desde o meu ponto de vista. Não vou escrever sobre a cidade em geral, se é bonita ou não. Tudo depende da própria pessoa. O meu propósito é sublinhar como me vou lembrar desse país e dessa viagem. Ao princípio deveria mencionar o tempo. Em fevereiro... era uma tragédia. Fora de casa fazia mais calor do que no interior. Durante a noite tinha dois pijamas, meias e dormia com manta e edredão. Mas ainda estava com m

Antigos alunos

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  Todos nós sabemos que para encontrar alguém cujo rasto perdemos o melhor é perguntar na repartição de finanças mais próxima. Se não tiver os impostos em dia rapidamente o encontram, seja lá onde for. Ou então recorremos à Nasza Klasa,  (em bom português, a Nossa Turma) esse fabuloso porfolio virtual onde alguns mostram o que têm ou gostariam de ter, e outros comentam ou anonimamente espiam os coleguinhas de carteira do tempo de escola. Mais eficaz ainda em termos de busca e captura, porque é internacional, temos a rede social que mais enreda e tem enredado tudo e quase todos, o Facebook. Como à Água Vai não lhe interessa se os antigos alunos da    Iberystyka pagam ou não impostos, se casaram ou se divorciaram, se têm filhinhos lindos e rosadinhos ou se   they like   o que quer que seja, apenas gostaríamos que dessem sinal de vida em forma de comentário.  A redacção

P O R T U G A L – 8 letras, 8 figuras únicas do desporto português

Hoje em dia, o futebol é o desporto mais conhecido e mais praticado em Portugal. Mas obviamente isto não significa que só nesta disciplina devemos procurar desportistas de destaque, que atualmente vemos como os símbolos do desporto português. A história mostra que o desenvolvimento da prática de atividades físicas não foi simples.  Podemos falar dos ‘melhores’ e deste processo, apesar de que foi condicionado por muitos fatores. O fraco desenvolvimento desportivo que sucedia em Portugal no século XIX teria as suas raízes no século XVIII, quando, por motivos aparentemente inexplicáveis, os jogos e as atividades ao ar livre deixaram de fazer parte dos hábitos dos portugueses. Isto provocou uma certa degeneração física e moral. Esta degeneração prolongou-se pelas décadas seguintes, em virtude do desprezo que era dedicado à prática desportiva. Até que a iniciativa de Pierre de Coubertin (1863-1937), um barão francês, que restaurou os Jogos Olímpicos e defendeu a prática desportiva na e

Outras línguas na Polónia

    Nós polacos gostamos muito de estudar, isso é claro, mas muitas pessoas acham que os polacos conhecem bem pelo menos uma língua estrangeira. A verdade é brutal. Um conhecimento de alguma língua estrangeira a nível pelo menos comunicativo declara ter 46 por cento dos polacos, em que a maioria (84 por cento) são os estudantes. O que não deve surpreender é o fato que a língua mais popular na Polónia é a língua inglesa, na qual se pode comunicar 24 por cento dos polacos. Isso se pode dever ao inglês ser  língua obrigatória já nas escolas primárias, mas também porque o inglês é uma língua internacional, presente quase em cada lugar. Muitos polacos falam também russo (20 por cento) o que desde o meu ponto de vista é o resultado da época do comunismo na qual o russo foi ensinado na maioria das escolas polacas. No terceiro lugar está o alemão (12 por cento)  porque muitas famílias polacas têm familiares alemães e porque a Alemanha é um dos maiores vizinhos da Polónia.     Na cauda das l

Tempos de paz

No dia 18 de abril de 1945 um navio grande chega à costa do Rio de Janeiro. A bordo do navio há muitas pessoas que depois da II Guerra Mundial decidiram sair da Europa. Entre refugiados de diferentes países europeus que querem começar uma nova vida no Brasil encontra-se um ator polaco de teatro- Klauzewicz.    Com esta cena começa um dos melhores filmes brasileiros que eu vi, quer dizer,   Tempos de Paz de Daniel Filho. Agora, quando já sabemos de que trata o artigo, regressemos à continuação do filme. Durante a verificação de documentos dos recém- chegados, os funcionários brasileiros dirigem a sua atenção a Klauzewicz porque, segundo o seu bilhete de identidade, ele é agricultor, porém sabe falar português. Este fato levanta suspeitas entre os brasileiros que o prendem. Logo, Klauzewicz é interrogado pelo Segismundo, agente e ex-torturador da polícia política do regime de Getúlio Vargas, que vai decidir o futuro dele. A situação torna- se mais difícil quando Klauzewicz é suspeito

Apetite por sangue

A moda dos vampiros conquistou o mundo. Ano após ano na cultura de massas aparecem cada vez mais livros, filmes, séries e ainda jogos de computador relacionados com estes bebedores de sangue. Às vezes, as pessoas têm medo de abrir o frigorífico, porque talvez não haja pessoa que não tivesse ouvido falar da saga “Crepúsculo”, a série “Sangue Fresco” ou de outros títulos como, por exemplo, “Os vampiros preferem as morenas”, “Como casar-se com um vampiro milionário” ou “Os vampiros e a cidade”. Não se sabe se devemos rir ou chorar...      Antigamente um vampiro decente bebia só o sangue humano, tinha medo do alho e da cruz cristã, não podia passear durante o dia e de vez em quando transformava-se em morcego. Hoje em dia, os vampiros em vez do sangue preferem as bebidas alcoólicas ou são vegetarianos, à luz do sol brilham um pouco e sobretudo apaixonam-se pelas raparigas vivas. Que horror!     Há 10 anos atrás só os admiradores fiéis ouviram falar de Bram Stoker (“O Drácula”) ou Anne Ri

Azulejos em Lisboa

      H á muito poucos lugares no mundo que se podem orgulhar de manter a tradição e uso artístico dos azulejos. Cada grupo de azulejos (de “azzelij”, palavra árabe que significa pequena pedra polida), contam uma história ou retratam uma tradição. A melhor maneira de conhecer esta forma de arte tradicional portuguesa, é caminhar pela cidade, visitar o museu ou, o que é muito interessante, andar de metro.             O s azulejos em Portugal sempre foram utilizados de uma forma muito original. Mesmo que tenham uso noutros países, como Itália, Espanha, Turquia ou Marrocos, os azulejos não têm, em nenhum outro país, o mesmo simbolismo nem a mesma relevância da expressão artística nacional. Em Portugal os azulejos são usados para decorar interiores ou fachadas de casas ou igrejas. Tiveram uma intervenção poética na forma arquitectónica não só de Lisboa mas também de outras cidades portuguesas. Foram submetidos a várias influências, desde a tradição islâmica à holandesa, o que moldou e mud

O doce segredo de Portugal

No filme provocador  "A Grande Farra" de Marco Ferreri, quatro homens ricos decidiram suicidar-se por superabundância de comida. Numa cena, um chefe de cozinha prepara um pato em vinho do porto. A morte deles teria sido  mais agradável  se tivessem juntado ao  menu as sobremesas e doces portugueses. A doçura do recheio cremoso, um pedaço de bolo frágil e aromático, uma côdea caramelizada, douradamente queimada - pastel de nata, uma fantasia em forma de bolo. O que é mais adequado à bica, galão ou meia de leite? Muitos portugueses responderiam que fica melhor um pequeno (e talvez pouco maior) pastel. As pastelarias adaptaram-se muito na paisagem da cidade. No interior e na esplanada estão sentados e conversam os amantes das experiência doces, bebem uma bebida de cor  de alcatrão e saboreiam bolos, biscoitos, sobremesas. Como dizem os italianos, la dolce vita , mas a vida portuguesa, tem um sabor doce das gemas, ovos, canela, caramelo, açúcar das colónias. A doçaria portuguesa

O Adamastor

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  Caros leitores, embora uma homenagem a Luis Vaz de Camões seja sempre mais do que merecida, não é dele que vos venho aqui falar.  Mas é inspirado nos Lusíadas que vos escrevo este editorial. Desta ocidental praia lusitana em Lublin, e por mares de rascunhos, correções, traduções e avaliações já uma vez navegados, partiu a segunda edição da Revista Água Vai para  entre gente remota ser publicada. Tal como Vasco da Gama não teve a vida fácil, enfrentado o Gigante Adamastor, também nós tivemos que dobrar o Cabo das Tormentas da burocracia, agora da Esperança em futuras edições.  Foi com muito esforço que a nossa almirante  convenceu o gigante Adamastor , que sentado à sua secretária e empunhando um gigantesco e ameaçador carimbo  provocava tempestades burocráticas, a deixar-nos seguir viagem rumo à edição. E foi assim que com o porão cheio de azulejos, música e doçaria portuguesa,  vampiros, policias, estudantes e alguns desportistas a correr pelo convés lá chegamos finalmente  a bom