Carta aos finalistas

Patrycja Pluta, Debora Mirosław, Justyna Kisielewska, Emilia Wróbel, Anna Drabik, Małgorzata Tracz, Edyta Marzec, Aleksandra Rogala, Liliana Wajrak, Rafał Ciosmak e  Weronika Ślęzak

Marta Wasilak, Aleksandra Guz, Agata Kowalczyk, Justyna Teterycz, Maciej Durka e Aleksandra Porębska (Ausentes : Dagmara Różańska*, Monika Świderska* e Sylwia Budzyńska*)

Estera Małek, Monika Czarkowsa-Guziuk, Katarzyna Kuczyńska, Magdalena Józwik, Natalia Trzebuniak, Karolina Kierepko, Małgorzata Koprowicz, Paulina Szczygielska, Patrycja Cieśluk e Dominika Ładycka (Ausentes: Olga Kukawka, Patrycja Pawecka* e Paweł Nowak*)

*Erasmus

Caros finalistas
Chegou ao fim mais um ano lectivo. Para alguns acabou a boa vida de estudante. Mesmo que esta “boa vida” não tenha sido fácil, a próxima etapa será um pouco mais difícil do que esta que acabou de terminar. Dizem adeus aos "indeks"[1],aos exames, às longas filas de espera no "dziekanat"[2]aos trabalhos de casa feitos no último momento, à angustia dos exames orais e dão as boas vindas à declaração de impostos e à simpática entidade patronal. Os que ficarem por cá mais dois anos irão perceber que estudar na capital ou numa universidade com tradição secular nem sempre é a melhor opção. Não é a tradição académica que vos põe a falar português. Nem sequer a localização geográfica, a menos que tenham muita pressa em serem "warszawskie słoiki"[3].
  Foi um prazer trabalhar convosco, mesmo que por vezes tenha lido nos vossos olhos: “Mas de que raio está este gajo a falar?” ou “Um café por favor!”. Espero que esta carta não seja um adeus mas sim um até já.

De um professor que vos estima,
aquele abraço:)





[1] Caderneta individual do aluno onde os professores escrevem as notas. É uma espécie de livro de autógrafos que obriga os alunos a andarem atrás dos professores no final de cada semestre a recolher rubricas. Quando a colecção semestral está completa o aluno tem que deixar este precioso objeto nos Serviços Académicos. Na era da globalização e do digital este método obsoleto continua a resistir qual bastião do antigo regime.
[2] Serviços Académicos
[3] Frascos varsovianos: Forma pejorativa como são designados os migrantes que todos os anos se mudam para Varsóvia. Fogem do desemprego e são oriundos das aldeias, vilas e cidades das regiões mais próximas de Varsóvia, embora os haja de todo o país. Uma das formas tradicionais de conservar a comida na Polónia é em frascos de vidro que também podem ser usados para transportar comida. Quando regressam à capital depois de um fim de semana nas localidades de origem, muitos destes migrantes levam consigo comida caseira em frascos de vidro e por isso são rotulados desta forma. A maioria dos varsovianos que chamam os novos vizinhos ou colegas de trabalho de warszawskie słoiki é constituída por ex-frascos , filhos de frascos ou netos de frascos. Têm é fraca memória e complexo de inferioridade.

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