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A mostrar mensagens de maio, 2015

Yana Andreeva no Centro de Língua Portuguesa/Camões em Lublin

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Nos dias 19 e 20 de maio de 2015 a Dra. Yana Andreeva da Universidade de Sófia Sveti Kliment Ohridski proferiu no nosso Centro duas paletras subordinadas ao tema: O Teatro de José Saramago: entre a História e o Mito. "A figura de José Saramago (1922-2010) foi uma das figuras mais imponentes entre a intelectualidade europeia e mundial das últimas décadas, não apenas pelo projeto estético que a sua escrita defendia, mas também pelo projeto ideológico que a sua presença ativa de humanista militante fazia chegar à sociedade internacional por todas as vias que lhe eram possíveis, desde a intervenção nos mais diversos fóruns, passando pelas muitas entrevistas e chegando ao blogue que mantinha nos últimos anos da sua vida.  A grande realização criativa de Saramago projeta-se no terreno do romance, mas o seu teatro, embora de produção mais parca, contando com apenas 5 títulos, não é menos merecedor de atenção, por apresentar interpretações originais de diversas épocas da história p

Helena Topa Valentim no Centro de Língua Portuguesa/ Camões em Lublin

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Nos dias 13 e 14 de maio, a Dra. Helena Topa Valentim, da Universidade Nova de Lisboa, proferiu duas palestras no CLP/Camões em Lublin.  O tema abordado foi a  Determinação nominal e determinação verbal em Português.  Esta série de seminários pretendeu sobretudo dar conta da forma como se constroem valores de referência no Português, marcados pela forma como os nomes são determinados. Descreveram-se as possibilidades de determinação dos nomes e os valores semânticos que daí resultam, tendo em conta a natureza dos nomes assim como a predicação construída. Foram, por conseguinte, objeto de estudo: as propriedades semânticas dos artigos definidos e dos artigos indefinidos; a interdependência entre definitude e indefinitude; a construção anafórica; a relação entre os artigos definidos e os demonstrativos; a relação entre os artigos indefinidos e o numeral cardinal um assim como outros quantificadores indefinidos. Foi objectivo deste trabalho transmitir um conhecimento sobre a questão g

Chávena

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Era uma vez uma chávena bonita. Era de cor champanhe, bastante alta, de porcelana, enfeitada com rosas vermelhas. Vivia num armário abarrotado de outras chávenas e pratos. Era a chávena mais bonita de todo o armário. E não só era linda, mas também inteligente. Gostava de ler etiquetas de café e o seu conteúdo. Mas a sua leitura favorita eram as instruções da cafeteira.             Infelizmente, a nossa chávena não tinha amigos. As suas companheiras de apartamento odiavam-na porque invejavam-lhe a sua beleza. Os pratos não falavam com ela, porque as suas colegas proibiam-nos de o fazer. A chávena sentia-se muito sozinha, queria largar a sua vida. Começava a cair numa depressão quando um prato novo mudou-se para o armário. O prato, uma criatura vistosa, apaixonou-se pela chávena à primeira vista. E o seu amor foi mútuo. Mas ele não agradava só à chávena, outras já estavam a pensar em escolher o vestido de casamento. Uma vez, a chávena mais tonta e mentirosa, disse-lhe que tinha es

Polónia – País dos buracos

No meu país há buracos por todo o lado. Imensos. Grandes e pequenos. Podem ser divididos em grupos, mas também podem ser considerados geralmente como um conjunto (isso, porém, não seria aconselhável, porque os buracos são muito diversificados). Acho que o assunto dos buracos é extremamente sério e tem de ser tratado seriamente, especialmente perante as próximas eleições presidenciais. Não sei porquê, mas parece que os políticos e as pessoas que possuem qualquer tipo de poder têm muito a ver com certos géneros dos buracos. Aqui vão ser brevemente apresentados alguns deles: -Buracos orçamentais:   A presença dos buracos no orçamento do governo da Polónia é indubitável. A dívida pública é enorme e continua a crescer, já conseguimos a acostumar-nos à constante falta de dinheiro. -Buracos nas carteiras:   É incrível quanto dinheiro cabe nas carteiras dos governantes.  Ganham muitíssimo e nunca ficam satisfeitos, querem sempre mais e mais. Onde é que estão estes milhões que com tanta f