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A mostrar mensagens de maio, 2013

Vizinhos

Os vizinhos são como a família, não se escolhem. Ou, pelo menos, é assim na maioria dos casos. Com certeza cada pessoa já teve o prazer duvidoso de viver ao lado dum indivíduo que lhe diversificava a vida e lhe fornecia emoções numerosas e lembranças inolvidáveis. No prédio onde mora a minha família normalmente não há muitos problemas entre os residentes. Às vezes ocorrem alguns conflitos pequenos mas, em geral, a gente é simpática e tranquila. Mas nem sempre foi assim.    Lembro-me que há uns anos, vivia lá uma família bastante interessante, um casal com uma filha e um cão que ladrava sem parar e de que todos tinham medo. O pai não trabalhava, porém quase nunca estava em casa. Passava a maioria do tempo num banco com os seus colegas e com uma, ou mais, latas de cerveja na mão. Quando regressava para a casa depois dos encontros sociáveis mais intensivos, todos os vizinhos podiam ouvir o que na verdade a sua esposa pensava sobre ele. O estrépito alto e forte da porta assinalava que o

Pequeno-almoço à Portuguesa

Um pouco de Portugal no programa Pytanie na sniadanie  da TVP 1 (Telewizja Polska). Curta conversa invariavelmente estereotipada mas que não deixa de ser uma boa forma de divulgar Portugal aqui na Polónia. Depois de um tal de  Norbi  (um saloio que já foi famoso na Polónia) e da  Magda Gessler  parece que Portugal está  na moda por estes lados. Esta última passou por Portugal e num portunhol fluente cozinhou...na  Praça da Alegria  da RTP.

Aquela mulher dos sonhos...

Muitas vezes, quando tento dormir, sonho com a mulher que quero ser. Uma mulher forte, bela, ágil. Uma mulher que sabe como resolver um problema, que não foge para o mundo das emoções. Ela nunca tem rosto, é anónima. Acho que não há uma mulher como a que eu desejo ser.             Porque nunca quis ser uma princesa, Marilyn Monroe, Lady Gaga ou Joana d´Arc? Simplesmente porque sempre quis ser homem. Quando era pequena não gostava dos comentários da minha mãe, que sempre me disse que não podia ir com os meus amigos brincar porque era perigoso. E se fosse um menino? – perguntava a pequena Natalia. A minha mãe respondia que sim, então podia. Naqueles momentos apanhava um pau e tentava ser mais masculina do que os meus amigos. Subia às árvores, saltava dos telhados e era o cavaleiro mais corajoso do grupo todo. A minha mãe viu e decidiu que não posso brincar com os meninos. Levou-me para a quinta da minha avó e ali com livros para meninas, cresci até os 12 anos, quando foi para Espanha

O arco-íris do meu universo

Ontem  em Portugal  foi dia da mãe . Por isso as linhas seguintes são dedicadas a todas as mães...do mundo:) O papel da mulher na época moderna não é fácil. As mulheres não são tratadas de forma igual aos homens. Ainda não têm os mesmos direitos que os homens, mas têm as mesmas obrigações. Além disso, têm de ligar tanto com as obrigações profissionais como com as tarefas domésticas. Em minha opinião há muitas mulheres que se safam conseguem fazê-lo bem. Uma deles é a minha mãe. Pensei muito sobre quem escrever: Uma cientista, atriz, médica, professora, cabeleireira?... Mas por que escolher só uma cor quando se pode ter um arco-íris inteiro?    A minha mãe é médica. Sempre sabe o que é que me dói mesmo quando eu mesma não o sei. Não é preciso perguntar o que é que deve ajudar-me porque ela já o sabe. É Esculápio quando liga o meu joelho outra vez na mesma semana dizendo que não haverá cicatriz ou se houver – todos os heróis têm cicatrizes de guerra.    A minha mãe é política