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A mostrar mensagens de julho, 2013

Fado e dança contemporânea – Quorum Ballet

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  É uma noite de verão em Lublin, no ano 2008. Uma rapariga de 15 anos, está sentada na assistência , frente ao palco admirando o espetáculo de dança. Apesar de estar cansada depois de ter feito workshops de dança contemporânea durante todo o dia, ela sente alegria e curiosidade pelo evento, que é magnífico, original e mágico. A dança do grupo teatral estrangeiro é viva, surpreendente e cria um ambiente inesquecível. Mas não só a Kinga gosta do que vê. Outros espectadores também parecem curiosos do desenvolvimento da ação e impressionados com a criatividade do coreógrafo, Daniel Cardoso . As pessoas que estão a observar os bailarinos ficam assombradas pelas coisas belas e impossíveis para pessoas normais, e o que o grupo teatral de dança contemporânea faz com agilidade e fingida simplicidade. Os bailarinos da assistência observam com inveja e admiração, os organizadores sentem orgulho por convidar um grupo tão interessante e talentoso.    Só um ano depois na mente de Daniel Cardo

Língua sem língua

 Andamos a aprender a língua portuguesa há dois anos a fim de atingir o nível suficientemente elevado. Enriquecemos o vocabulário, aperfeiçoamos a gramática, prestamos atenção à pronúncia e entoação da frase. Esquecemo-nos, no entanto, de um elemento muito importante de todas as línguas. A língua dos gestos.   Nós não imaginamos que a linguagem corporal desempenha uma parte extremamente importante numa conversa. O conhecimento perfeito da língua portuguesa sem o conhecimento dos gestos típicos usados pelos portugueses pode ser insuficiente para perceber uma mensagem verbal. Nos casos menos graves, a ignorância ou a confusão do gesto pode provocar um sorriso no rosto do interlocutor, mas nos casos mais extremos, pode causar o desentendimento muito grave. Não queremos ofender ninguém.   A situação mais normal que deve ocorrer mais cedo ou mais tarde durante o processo de aprendizagem do português pelo polaco: o momento de cumprimentar um português quando um polaco o vê pela primeira

Sorraia, o bisavô do Lusitano

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   Este pequeno cavalo é o primeiro antepassado dos famosos cavalos Lusitanos e Andaluzes e também de numerosas  raças de cavalos da Europa e da América. Foi descoberto pelo Dr. Ruy D'Andrade , zoólogo e paleontologista português, em 1920 junto ao rio Sorraia e daqui provém o nome deste animal. O hipólogo tornou-se  responsável pela  preservação e desenvolvimento do Sorraia. De acordo com os registos, estes cavalos foram levados para a América pelos conquistadores espanhóis. Cristóvão Colombo planeava levar os belos Andaluzes para a sua viagem em busca das Índias,mas descobriu que alguém os tinha substituído pelos pequenos e feios cavalos do tipo Sorraia. Isto passou a ser um benefício, porque estes animais não se abalaram com os rigores de viagem oceânica e  sobreviveram em grande número até ao seu desembarque na América. Algumas esculturas antigas e  pinturas rupestres de cavalos   nas paredes da gruta La Pileta (Granada,  Espanha), datadas entre 30.000 e 20.000 a. C., mostra

“A nova voz do fado” rouba os corações

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  A terceira edição do famoso Siesta Festival foi muito especial para todos os fãs do fado na Polónia. Nos finais de abril, atuou em Gdańsk uma talentosa e maravilhosa fadista que transformou as noites em espetáculos inesquecíveis. Trata-se obviamente de Cuca Roseta - uma reconhecida artista portuguesa que apesar de ser jovem já obteve um grande sucesso.    O início da sua carreira como fadista é muito surpreendente. Cuca pensava em ser psicóloga no futuro, mas os seus planos mudaram aos 18 quando se apaixonou ao ouvir o fado ao vivo. Cuca descobre a sua paixão por este género da música e por fazer a gente feliz enviando as mensagens da sua alma. Começa a cantar no famoso Clube de Fado em Lisboa, onde o seu espantoso talento é descoberto pelo compositor e produtor argentino Gustavo Santaolalla - vencedor de dois Óscares pela música dos filmes Babel e Brokeback Mountain. O músico faz uma proposta imediata a Cuca para gravar um disco e assim nasce o seu primeiro fenomenal álbum “Cu

O ciclismo português dos últimos dez anos

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O ciclismo português nunca teve uma posição tão importante como o da França, da Itália ou da Espanha. As corridas nacionais destes países são muito famosas e importantes. A de Portugal não tem o nível tão alto mas nos últimos dez anos dois  portugueses lograram  êxitos impressionantes neste desporto. Vou falar sobre José Azevedo e Rui Costa que em minha opinião são os melhores ciclistas portugueses da atualidade. O primeiro deles foi membro da famosa equipa espanhol Once Eroski. No ano 2001 terminou na 5. posição na Volta à Itália. Isto é um êxito muito importante para o ciclismo de Portugal. A sua melhor época é nos anos 2004 e 2005. Naquelas temporadas foi ciclista da equipa US Postal. Azevedo foi “domestique” (ajudante de capitão da equipa durante as corridas) do ex-melhor ciclista da história Lance Armstrong (a única pessoa que ganhou sete vezes Volta à França). Nos anos 2004 e 2005 foi um dos mais importantes ajudantes do mundo. Na edição da Volta à França do ano 2004 cons

CONCURSO DE FOTOGRAFIA: PORTUGAL A PRETO E BRANCO

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Regulamento O Concurso de Fotografia é uma iniciativa organizada pelo Centro de Língua Portuguesa/Camões de Lublin e tem por objetivo divulgar Portugal através da imagem. 1.Participantes: a)O concurso é aberto apenas a fotógrafos amadores.  b) Aos membros do júri é vedada a participação bem como aos seus familiares diretos.   2.Tema : O tema do concurso é Portugal a preto e branco.   3. Trabalhos : a) Os trabalhos deverão ser a preto e branco.  b) Cada participante pode apresentar a concurso até 3 trabalhos. c) Só serão aceites trabalhos que não tenham sido premiados noutros concursos. d) Os trabalhos deverão ser apresentados em formato digital. e) Os trabalhos deverão ser entregues por e-mail, até ao dia 30 de Setembro de 2013 ( clp.lublin.polonia@gmail.com ). f) Os concorrentes deverão indicar o título do trabalho e a indicação do local de recolha da imagem. g) Juntamente com os trabalhos os concorrentes deverão indicar o nome e e-mail  4.Jú

Se eu fosse uma folha...

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    Eu queria ser uma folha que apenas caiu de uma árvore. Não toda a vida mas por um breve período de tempo. Se eu fosse uma folha a minha vida seria muito tranquila, frívola e muito interessante. Mas não queria ser uma folha que pende de um ramo porque não me poderia mover. Seria dependente do vento e teria de passar todo o tempo com outras folhas. Por outro lado, poderia madurar e estar verde durante todo o verão. Se fosse a folha do bordo, seria muito vaidosa e olharia as pessoas e os carros passando. As folhas do bordo são pesadas então o vento não me moveria demasiado. Teria o meu próprio território marcado e outras folhas seriam mal vistas. Também poderia ser uma folha de faia. Então teria o caráter completamente diferente. Seria um viajante que voaria com o vento. Observaria todo o mundo como um pássaro. Descansaria nas calhas do teto e nos parapeitos. Poderia passar as fronteiras sem papeis e controles. A vida de uma folha é muito interessante. Todas as folhas são livres

Na pele dum homem estátua ou um dia descansado

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    De manhã visto a capa comprida e preta em que me posso esconder completamente. O chapéu grande enfeita-me a cabeça. Tenho a cara coberta com tinta branca. Dirijo-me à praça central e lá coloco-me à sombra da igreja. Durante as próximas horas vou desempenhar o papel dum homem estátua.    Tenho que estar inamovível como um monumento. Reter os movimentos e as caretas. O dia está quente e o céu limpo. A minha capa negra atrai os raios do sol, enquanto a praça se enche de gente. Observo o meu público acidental. Conto os membros da excursão escolar lembrando-me que não posso mover a cabeça. Algumas crianças travessas tentam desconcertar-me, mas não me deixo. Os treinos de bailado ajudam-me agora a manter o equilíbrio. Alguns param e olham para mim com insistência e espanto. Outros atrevem-se a agarrar a minha capa. Superar o ataque massivo das crianças curiosas é um desafio. O seu assombro faz-me rir, mas detenho os músculos da cara porque não sou palhaço. Depois, os turistas i