Quem foi Cristóvão Colombo?

  Quando era criança e andava na escola, não gostava das aulas da história. Lembro- me bem que me aborreciam muito. Para mim eram uma verdadeira perda do tempo. Aqueles 45 minutos (o tempo de duração de cada aula na Polónia) eram um dos piores momentos na minha vida escolar. Detestava aquela disciplina e todos os professores de história. Agora percebo que o conhecimento da história é muito importante porque dá-me muitas informa-ções sobre os meus antepassados, a minha pátria e as minhas estirpes então sobre mim...Graças à história percebemos melhor a nossa vida atual. 
  Mas...as aulas da história eram o pesadelo da minha infância exceto só um tema...os Descobrimentos Geográficos. Todos sabem que a era dos descobrimentos (ou das Grandes Navegações) é o período da história que decorreu entre o século XV e o início do século XVII, durante o qual os europeus exploraram intensivamente o globo para encontrar novas rotas de comércio. Graças às novas tecnologias sobretudo de navegação, a curiosidade e a necessidade de melhorar o nível da vida dos habitantes da Europa descobriram outros partes do mundo até a Austrália em 1606 e a Nova Zelândia em 1642. Também sabemos bem, que os portugueses iniciaram aquele período da história contemporânea.Os descobrimentos portugueses foram o conjunto de viagens e explorações marítimas realizadas pelos portugueses entre 1415 e 1543 que começaram com a conquista de Ceuta na África. Depois descobriram a ilha da Madeira, os Açores, a costa oeste de África, o caminho marítimo para a Índia, o Brasil e diversas partes da América do Sul e Central. 
 Um dos mais famosos heróis daquela época foi Cristóvão Colombo (o meu descobridor favorito). Marinheiro desde a sua infância ele transformou-se num cartógrafo brilhante. Colombo estava certo de que existia uma rota para a Índia mais curta em direção ao ocidente. Queria muito descobri-la mas não tinha dinheiro. Após seis anos em busca de apoio, ele finalmente o encontrou no rei Fernando e na rainha Isabel de Espanha. Demorou por volta 12 anos para encontrar aquele caminho. Ele fez quatro viagens ao Novo Mundo. A sua primeira viagem iniciou-se em 1492 com três navios: uma nau maior, Santa María, apelidada Gallega, e duas caravelas menores, Pinta e Santa Clara. A expedição foi longa e ineficaz. Felizmente no dia12 de outubro de 1492 um marinheiro da tripulação avistou terra. A ilha descoberta foi chamada por Colombo de San Salvador. Colombo também explorou a costa nordeste de Cuba, onde desembarcou em 28 de outubro. A 6 de dezembro descobriu o Haiti. A segunda viagem, organizada à pressa, iniciou-se em 1493 e durou cerca de 10 meses. Com três naus e catorze caravelas Colombo descobriu as Antilhas. Também chegou à Jamaica. Para a terceira viagem, partiu em 1498, com seis naus. Pela primeira vez chegou a América Continental. Depois atingiram a ilha de Trinidad. Na quarta viagem, saiu de Cádiz com quatro naus em 1502, com o objetivo uma vez mais de chegar ao Oriente. Avistou a Jamaica e, depois de uma grande tempestade, chegou à Ilha de Pinos nas Honduras. Avistou depois as costas da Nicarágua, Costa Rica e Panamá. Em 1504, doente e desapontado por não ter encontrado um caminho para a Ásia, ele retornou a Espanha. Em 1506, doente e amargurado Cristóvão Colombo faleceu em Valhadolid. De acordo com a vontade do navegador os restos mortais foram transferidos para Santo Domingo, na atual República Dominicana. 
 Mas qual a origem de Cristóvão Colombo? Segundo um historiador espanhol ele era filho de Domenico Colombo- comerciante ou tecelão, e nasceu em Génova na Itália. Char-les J. Merrill, doutor americano em literatura medieval afirma que ele era castelão e de apelido Colom. Um dos autores, o historiador amador português, Manuel da Silva Rosa diz que Colombo era luso-polaco. Ele era filho do rei da Polónia- Władysław III Warneńczyk, o qual provavelmente não morreu durante a batalha em Warna em 1444 porque nunca encontraram o corpo dele. Ele fugiu até a Madeira, onde se casou com uma madeirense, moraram numa quinta chamada Madalena do Mar, e tiveram um filho- o nosso herói Cristóvão Colombo. Não há documentos que confirmem esta tese. O autor diz que Colombo era semelhante a Warneńczyk. Segundo Rosa não é possível o casamento entre o filho de comerciante ou tecelão italiano e a aristocrata portuguesa Filipa Moniz. Colombo era bem educado. Tinha uma posição forte na corte do rei português. Sempre escondeu os nomes dos seus pais. Estas características não podem ligar-se com a história dum pobre italiano. Gosto muito desta história porque liga a minha pátria- Polónia com o país que adoro- Portugal. Também a origem do Cristóvão Colombo justifica porque sempre me interessei pela história dos descobrimentos- especialmente portugueses. Isto é o que se chama destino.

Katarzyna Frąszczak
3º ano Estudos Portugueses

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