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A mostrar mensagens de janeiro, 2014

Natalia Juśkiewicz – a "fadista" polaca

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O fado n ã o e o g é nero popular só entre os portugueses – alguns polacos são tamb é m activos no palco do fado e... desenrascam-se bem! Al ém dos entusiastas do fado temos tamb é m os artistas que tentam demonstrar o seu valor neste género musical, fascinados pela música tradicional de Portugal, realizam os seus próprios arranjos e ganham o reconhecimento no palco nativo e portugu ê s. Especialmente a violinista  Natalia Juśkiewicz , nascida em Koszalin que agora reside em Portugal h á v á rios anos. Mais conhecida entre os portugueses do que entre os polacos? Pode ser! O fado ainda n ã o é o g é nero muito popular na Polónia, apenas alguns s ã o capazes de enumerar as fadistas mais populares e ainda existem muitas pessoas que n ã o podem dizer nada sobre esta m ú sica. Gra ç as ao sotaque polaco, isso pode mudar.   A carreira da Natalia come ç ou muito cedo. Aos sete anos ela come ç ou a aprender violino que agora é   a marca registada da sua música, com especialidade em

Zygmunt Szafrański

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(O meu pai e o meu avô) Zygmunt Szafrański, médico e ativista, nasceu a 17 de agosto de 1913 em Lewków, perto de Ostrów Wielkopolski. Depois de ter completado o ensino na escola de terceiro ciclo em Brzesko-Okocim em 1932, começou os estudos no Departamento de Medicina da Universidade de Poznan que terminou em 1938. Praticou medicina no hospital municipal de Gniezno e de Sieradz. Em 1939 foi convocado para o hospital de campanha do exército “Poznań“. Tomou parte na batalha de Bzura durante a qual foi feito prisioneiro pelos alemães.  No campo de prisioneiros de guerra serviu como médico, cuidando dos doentes e feridos. Em 1940 foi libertado do Oflag e deslocado para o Governo Geral. Durante este período chegou a Radom, onde ficou até à sua morte e trabalhou no hospital municipal no departamento das doenças pulmonares. Em 1942 casou-se com a doutora Zofia Pietras, que faleceu infetada com a febre tifoide no dia 13 de setembro de 1944. Deste casamento teve dois filhos:

O meu avô

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O meu avô Bolesław foi o avô ideal. Ele tinha uma barba bem aparada, caminhava com uma bengala e mostrava-me a beleza das coisas mais simples. Foi com ele que pela primeira vez procurei cogumelos na floresta, soube o nome das árvores e dos pássaros. Ele deu-me o segredo de como respirar profundamente e encontrar o meu caminho para casa no caso de me perder. Ele podia acender o fogo com um fósforo e, usando um canivete para talhar um pedaço de madeira, esculpir um cãozinho ou um cavalinho. Assim que eu lhe pedia, reparava os meus brinquedos preferidos, quebrados pelo uso excessivo.  A sua presença na minha vida era algo tão óbvio e importante que nunca me incomodou o facto de que não era realmente o meu avô, se considerar corretamente as relações familiares, mas o irmão da minha avó materna Wanda. Ainda assim, nunca me ocorreu referir-me a ele de forma diferente do que o “avô“ porque desempenhou o seu papel perfeitamente. Os “avós” Bolesław e Wanda criaram o mundo da minha infân

Amizade

            Cada homem tem na sua vida alguns valores que determinam o comportamento dele e a atitude que adota perante várias situações vitais. Todos somos diferentes e todos temos os nossos próprios modos de ser, de perceber as coisas, e para todos os diversos valores não têm a mesma importância. No entanto, não há quem diga que dentro destes valores num dos primeiros lugares não seja mencionada a amizade, que se mostra um princípio essencial na nossa vida. O sentimento da amizade acompanha-nos desde os primeiros anos da nossa vida e desde sempre tem o lugar relevante nela. Não estamos em condições de imaginar a nossa existência sem alguém que está sempre no nosso lado e não seja o nosso pai nem mãe, nem nenhum dos nossos irmãos. Mesmo que frequentemente demos mostras de um sentimento forte e desinteressado aos nossos familiares, sempre procuramos alguém que seja o apoio para nós, que goste de passar o tempo connosco, que simplesmente seja o nosso amigo. Procuramos uma pessoa que nã

Discurso sobre a filologia

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Um dia o Brasil tornou-se o país mais desejado na minha lista de lugares a visitar. Já não me lembro exatamente quando esta ideia estranha me veio à cabeça. Foi, com certeza, depois do meu intercâmbio em Lisboa em 2012, talvez antes do fim desse ano. Não foi a curiosidade turística que me conduziu a este estado da mente. O monumento do Cristo Redentor no Rio de Janeiro ou as praias da Bahia eram-me basicamente indiferentes. Foi o desejo de experimentar uma outra variante do português o que me cativou. Este facto simples e sintomático para o meu mundo extraordinário explica porque Ijuí, uma cidade pequena no sul do Brasil, pintava-se, apesar das suas deficiências, como uma oportunidade imperdível.  Do mesmo modo, nem o clima agradável, nem os doces deliciosos me davam saudades depois do regresso da Península Ibérica para a Polónia. Também não foi a cultura o que prevaleceu. A cultura polaca, apesar de defeituosa, permanece a única com que me posso identificar plenamente. A mais ev

Morreu o Rei Eusébio

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Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014) Morreu o melhor jogador de futebol português de sempre, o "King" Eusébio. Um dos melhores do mundo tem lugar garantido no panteão dos deuses. Veio da então colónia de Moçambique para encher de alegria um Portugal cinzento e tristonho. Espalhou classe pelos estádios por esse mundo fora com a camisola da quinas ou de águia ao peito.  Palmarés individual: Pelo Benfica:   Entre maio de 1961 e abril de 1975: 596 golos em 557 jogos, com a média de 1,07 golos por desafio, divididos pelas várias competições nacionais (Campeonato, Taça de Portugal, Taça de Honra, Taça Ribeiro dos Reis e Campeonato de Reservas) e internacionais (Taça dos Campeões Europeus, outras competições europeias e torneios internacionais). 2 Ligas dos Campeões , 11 vezes campeão nacional, 5 taças de Portugal. Por Portugal: Entre outubro de 1961 e outubro 1973: 41 golos em 64 jogos, com a média de 0,64 golos por desafio, divididos pelas várias competi