Uma visão brasileira da Polónia

Realizei uma pequena entrevista com um amigo meu brasileiro, Túlio de Araújo Campos, que esteve na Polónia durante algum tempo, para conhecer a opinião de um estrangeiro sobre o nosso país.

J: Antes de vires à Polónia sabias algo sobre o nosso país?
T: Sim, sabia bastante sobre a Polónia porque estudei geografia e portanto tinha uma visão geral.  Além disso, sou fascinado pela história. Estou particularmente interessado na Primeira e Segunda Guerra Mundial, e isto têm uma grande relação com a Polónia. Também, mesmo antes da viagem procurei várias informações na Internet.
J: Estiveste na Polónia, durante o inverno. Como sobreviveste à diferença climática?
T: Sinceramente, foi muito difícil. No geral, tive que vestir roupa muito quente, mesmo que para vós ainda não fosse totalmente inverno. Eu ri de mim mesmo quando vestia, por exemplo, as ceroulas, calças de ganga e três pares de meias! Apesar de todo o charme do inverno e da neve, definitivamente prefiro o clima brasileiro e as nossas temperaturas.
J: Onde é que moravas durante o programa AISEC na Polónia?
T: Visitei 11 cidades, entre outras, Lublin, Rzeszów, Zamość, Cracóvia, Varsóvia e Trójmiasto. Principalmente morava nas residências de estudantes, mas também em casas de famílias polacas. Isso foi a experiência mais valiosa para mim. Pude familiarizar-me com o ritmo do seu dia, tradição, experimentar diretamente a cultura e participar na vida quotidiana da família. Isso deu-me umas memórias preciosas. Com algumas pessoas mantenho contato até hoje.
J: Gostaste da comida polaca ou houve algo que não gostaste?
T: Geralmente muito. O que mais gostei foram os pierogi e o borsch. Por outro lado, realmente não gostei de panquecas de batatas raladas e fritas, a manteiga e compotas. Além disso, faltavam-me frutas e legumes frescos, como tenho em abundância no Brasil.
J: Há algo na cultura, costumes, etc, que  particularmente te surpreendeu?
T: Principalmente, chamou a minha atenção a forma de cumprimentar. É possível observar uma grande distância, os polacos apenas dão um aperto de mão. No Brasil, todo isso é mais efusivo, abraçamo-nos e damos dois beijos. Outra coisa que notei foi a forma e o horário das refeições. Não respeitam as horas fixas e específicas. Além disso, comem quando queiram e raramente comem com a família. Não celebram estas refeições como os brasileiros. Para nós é muito importante que toda a família come junta e cada pessoa come o que foi previamente preparado para todos.
J: Gostarias de vir no futuro outra vez para a Polónia?
T: Claro que sim, mas noutra estação do ano. Fiquei encantado pela Polónia. Estou mesmo planeando em 2014 uma viagem para a Rússia, mas durante a excursão gostaria de ficar alguns dias em Varsóvia e voltar a Lublin por razões sentimentais e porque tenho muitos amigos aqui.

Justyna Teterycz
2º ano de Estudos Portugueses




Comentários

  1. Obrigado pela oportunidade de falar brevemente da minha experiência na Polônia.
    Guardo todas as lembranças com muito carinho.

    Espero voltar logo e reencontrar amigos tão queridos.

    Também fico feliz em vê-la evoluindo tão bem nos estudos.
    Parabéns Justyna.

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  2. Retornamos de um tour pelas principais cidades da Polônia. É realmente muito país lindo com uma história incrível. País de primeiro mundo. O povo é muito religioso. Porém o sofrimento da guerra e a reliogidade não os ensinaram a amar uns aos outros. Poucos falam inglês. Não sabem receber o turista. Os poloneses são na sua grande maioria antipáticos e por vezes até grosseiros. Valeu a viagem pelas paisagens e a experiência. Mas, não retornaria a Polônia nem de graça.

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  3. Retornamos de um tour pelas principais cidades da Polônia. É realmente muito país lindo com uma história incrível. País de primeiro mundo. O povo é muito religioso. Porém o sofrimento da guerra e a reliogidade não os ensinaram a amar uns aos outros. Poucos falam inglês. Não sabem receber o turista. Os poloneses são na sua grande maioria antipáticos e por vezes até grosseiros. Valeu a viagem pelas paisagens e a experiência. Mas, não retornaria a Polônia nem de graça.

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  4. http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/04/brasil-e-o-11-pais-mais-inseguro-do-mundo-no-indice-de-progresso-social.html
    http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/01/brasil-tem-21-cidades-em-ranking-das-50-mais-violentas-do-mundo.html
    http://educacao.uol.com.br/noticias/2015/11/04/brasil-e-41-colocado-em-ranking-de-conhecimento-de-ingles-nivel-e-baixo.htm
    http://exame.abril.com.br/brasil/fluencia-do-brasileiro-no-ingles-so-piora-veja-ranking/
    http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/apenas-5--dos-brasileiros-falam-ingles-ek15nlmtwge6x2pk5fzohmhpi

    Veja as páginas 7 e 8: http://media.ef.com/__/~/media/centralefcom/epi/downloads/full-reports/v5/ef-epi-2015-portuguese.pdf

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