Conheçamos Évora- uma Cidade- Museu

  No centro da Região do Alentejo, cercada por cereais, vinhedos, olivais e arrozais fica Évora. Há alguma coisa emocionante nesta cidade. Começando pelo seu brasão, onde são visíveis duas cabeças debaixo do conquistador dos mouros Geraldo Sem Pavor. A lenda diz que durante o ataque a Évora em 1165 o comandante atacou a uma torre com umas lanças em vez dumas escadas, deste modo fez o massacre dos mouros. Este ato heroico é comemorado no brasão de armas. 
  O lugar é habitado há muitos séculos. Os Lusitanos chamaram-na Ebora. Depois da conquista romana no século II antes de Cristo, a cidade começou a ser um importante centro do império devido à sua localização na encruzilhada dos caminhos. Os romanos edificaram as muralhas ao redor da cidade e no seu centro o templo que até agora tem importância simbólica e turística e cria a atmosfera deste lugar. A conquista visigoda provocou o declínio da cidade. No ano 715 vieram os mouros e ficaram ali durante 450 anos para levar a cidade a desenvolver-se novamente. Estes governantes reconstruíram as muralhas e no lugar do fórum edificaram a fortaleza e a mesquita. A partir do ano 1166, quando o rei Afonso I assumiu o controle de Évora, a cidade floresceu, construíram-se palácios e igrejas. No século XVI os jesuítas fundaram a universidade, que teve o papel importante em reunir artistas e pensadores no período do humanismo. Todos os acontecimentos da história, a intervenção e a influência de diferentes culturas garantem o clima especial do centro histórico, que foi declarado Património Mundial pela UNESCO, e da cidade toda. 
 O que é representativo para a cidade velha, que cresceu no interior das muralhas, são as ruas laterais estreitas e delimitadas. Na restauração dos monumentos e no desenvolvimento do turismo foram gastos sete milhões. Por isso podemos deliciar-nos com as vistas fascinantes e a paisagem colorida. A primeira coisa que merece ser mencionada é a praça principal de Évora- a praça do Giraldo. Está cheia de pessoas e de movimento, entretanto tranquila. As casas maravilhosas bem restauradas, bons restaurantes junto com cafés e bares abertos até tarde garantem o caráter excecional deste lugar. 
 No ponto mais alto da cidade sobressai o templo romano de Diana, um dos monumentos romanos mais importantes e melhor preservados em Portugal. Provavelmente foi criado por volta do século I. Impressiona com as suas colunas altas, expressivas e atemorizantes que fazem lembrar da presença romana no território português. Por perto, na transição do estilo românico para o gótico, foi construída a Sé Catedral de Nossa Senhora da Assunção, popularmente chamada Catedral de Évora ou Sé de Évora. A sua construção foi iniciada em 1186, em 1204 a igreja foi consagrada e só ficou pronta em 1250. Muitos aperfeiçoamentos, mudanças e enriquecimentos da construção que se realizaram ainda no século XVIII criaram o atual aspeto dela. A catedral reparte-se em três naves, das quais a central é a mais alta. As coisas mais características da frente da catedral são as duas torres distintas e as esculturas marmóreas dos 12 apóstolos no portal. Os turistas que visitam a catedral também podem ver as exposições no Museu de Arte Sacra da Catedral. Entre as peças é possível admirar pintura, escultura e ourivesaria. Além disso, pode-se ver o interior da igreja desde o coro, onde estão esculpidas cenas mitológicas, naturalista e rurais. A catedral tem o caráter defensivo e tende a intrigar os turistas. Outro dos monumentos mais conhecidos de Évora é a Capela dos Ossos, que tem origem do século XVII e é situada na Igreja de São Francisco. O arrepio é quase inevitável devido às cerca de 5000 caveiras e ossos ligados por cimento às paredes e aos oito pilares. O ambiente de medo é aumentado pelas múmias dum homem e duma criança e pela lenda da maldição, que foi lançada por uma mulher moribunda. Na entrada há uma inscrição comovente: Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos. Évora deixa a impressão de ter acontecimentos históricos encerrados nos prédios da cidade. A sua riqueza arquitetónica e cultural foi criada e reunida durante séculos quando vários povos habitavam o Alentejo. Por isso, vale a pena visitar a cidade de Évora.
Karolina Sieńko


Câmara Municipal de Évora
Região de turismo do Alentejo

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