Caros leitores, embora uma homenagem a Luis Vaz de Camões seja sempre mais do que merecida, não é dele que vos venho aqui falar. Mas é inspirado nos Lusíadas que vos escrevo este editorial. Desta ocidental praia lusitana em Lublin, e por mares de rascunhos, correções, traduções e avaliações já uma vez navegados, partiu a segunda edição da Revista Água Vai para entre gente remota ser publicada. Tal como Vasco da Gama não teve a vida fácil, enfrentado o Gigante Adamastor, também nós tivemos que dobrar o Cabo das Tormentas da burocracia, agora da Esperança em futuras edições. Foi com muito esforço que a nossa almirante convenceu o gigante Adamastor , que sentado à sua secretária e empunhando um gigantesco e ameaçador carimbo provocava tempestades burocráticas, a deixar-nos seguir viagem rumo à edição. E foi assim que com o porão cheio de azulejos, música e doçaria portuguesa, vampiros, policias, estudantes e alguns desportistas a correr pelo convés lá chegamos finalmente a bom porto.
Assim era o editorial do número dois da revista Água Vai e que a partir de hoje passa a ter o seu próprio blog. Este é um blog dedicado à revista Água Vai que foi lançada em outubro de 2010, embora a ideia tenha surgido entre os estudantes de Filologia Ibérica da Universidade Maria Curie Sklodowka de Lublin, Polónia em meados de 2009. É uma revista de cultura, em versão bilingue (português e polaco) e financiada pelo Instituto Camões. Para que este blog não tenha morte prematura, contamos com a colaboração de todos os alunos, antigos alunos, futuros alunos, colegas, antigos colegas, futuros colegas e de todos aqueles que se interessem pela língua portuguesa e pela cultura não só de Portugal mas também dos países de expressão portuguesa.
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