Contra a música kitsch
O mundo da música atual está completamente inundado pela onda das
canções pop que entram na cabeça com
facilidade, não transmitem nenhuma mensagem importante, são conhecidas pelo
texto banal e insignificante, são nada mais do que kitsch. Sabe-se que a cena é
dominada pelas produções norte-americanas. Pouco a pouco, as pessoas mais
populares, no caso das mulheres, em vez de mostrar talento, exibem os seus
valores corporais. A praga das “canções
sobre nada” ou melhor, das artistas sem talento, encheu ao máximo o mercado da
música. Estamos embrutecidos pelos efeitos especiais, novos bits, o acúmulo da
música eletrónica, esquecendo o mágico e simples som dos instrumentos como por
exemplo a guitarra clássica. O que conta
agora é o lucro. Vender e ganhar, são as duas palavras que se repetem como um
refrão duma canção que neste caso podia chamar-se “Ode ao consumismo”. Somos
então nada mais que os clientes que fizeram da música um produto igual a uma garrafa de leite ou uma caixa de fósforos.
Esta situação permanecerá?
Na França, contra essa nova doença já há as fortes objeções. Em 2010, a
indústria da música lançou no mercado uma nova artista e compositora
excecional, com o pseudónimo artístico “Zaz”. Mulher com um timbre de voz forte
instantaneamente ganhou os corações do público exigente com seus arranjos
musicais do estilo jazz, misturado com o soul, a música francesa e acústica.
Ela também interpreta as canções clássicas de Edith Piaf uma cantora fabulosa, eo Jacques Brel, Charles Aznavour, Serge Gainsbourg, Mireille Mathieu, Joe
Dassin e Patricia Kaas.
Ao mesmo tempo, na indústria da música nasceu como sua irmã gémea, Mayra
Correa Aygadoux, mais conhecida como Maria
Gadú. Nascida em São Paulo a 4 de dezembro de 1986, esta jovem cantora,
compositora e violonista já por duas vezes foi nomeada para um Grammy Latino
nas Categorias Melhor Artista Revelação e Melhor Álbum de Cantor / Compositor.
Em 2010 também foi premiada com o Prémio de Música Digital pela Música Mais vendida,
com a sua canção mais conhecida: "Shimbalaiê"
(http://www.youtube.com/watch?v=AVkcEHe_p0w). Vale a pena mencionar que ela aproveitou o repertório de um dos grandes artistas franceses
Jacques Brel, interpretando a sua canção “Ne
Me Quitte Pas”. O mercado tomou a sua criatividade musical de braços
abertos. Samba, bossa nova, rock e blues
são os géneros de música com os quais ela trabalha e tem sucessos, criando obras fantásticas. Ao ouvir o fruto do seu
trabalho podemos sentir-nos como se estivéssemos no Brasil graças ao ambiente
bem transmitido nas canções.
Apesar da falta dos efeitos
especiais ou da nudez feminina, e que as artistas manifestam somente seu
talento musical, os CDs delas vendem. Isto é uma grande prova de que ainda há
salvação para o mundo perverso da música. Não é uma coisa perdida! Além disso,
o mercado é aberto não só às canções inglesas mas também às que são cantadas
em português!
Karolina Graczyk
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