A POSIÇÃO DA MULHER NO MUNDO E EM PORTUGAL


O tema da mulher não cansa. Pelo menos não a todos. Cansa mais ao homens mas visto que em qualquer faculdade de letras predominam as mulheres é muito provável que alguém gostará do tema e lerá o meu artigo sobre a posição da mulher no mundo e em Portugal.
            Do ponto da vista de demografia, é uma evidência que as mulheres formam mais de metade da humanidade. Embora sejam tantas, a sua posição no mundo deixa muito a desejar. A sua influência continua a ser inferior. Basta olhar para o sistema governamental de qualquer país no mundo. Quase todos os presidentes e primeiros-ministros tendem a ser homens, menos Dilma Rousseff e Angela Merkel, umas excepções notáveis. Não tardamos em perceber que a liderança no mundo político permanece machista. Além disso, não é só na política que se repara a perpetuação das desigualdades entre os sexos. Em regra, as mulheres têm menos direitos políticos, económicos e sociais, sobretudo nos países árabes onde o problema de desigualdade entre os sexos é ainda mais aterrorizante. Em muitos países desenvolvidos pode-se confirmar a regra que as mulheres ganham menos do que os homens e são tratadas de forma aparentemente desigual. A área onde as mulheres conseguiram ser tratadas igualmente é a educação, mas neste caso também a mudança das mentalidades sobretudo dos homens, ocorre gradualmente.
            Concentrando-me na situação das mulheres em Portugal, existe um grande risco de elas ficarem no desemprego por culpa da crise hoje em dia. Não é nada novo que as mulheres em Portugal são as pior remuneradas e as menos valorizadas como trabalhadores se comparamos com o sexo oposto. As estatísticas dizem que a média salarial das mulheres em relação aos homens é menos 18%. Quase  metade das mulheres ganham só até 500 euros e a maioria delas ganha o salário mínimo. Muitas das mulheres portuguesas que foram demitidas ou que não conseguiram encontrar o emprego enfrentam o risco de ficar em casa para sempre.
            Sobre as consequências prováveis do desemprego prolongado da maioria das mulheres em Portugal, é evidente que elas serão simplesmente afastadas das realidades por muito tempo e será muito difícil para elas regressar ao trabalho. Como reconhece Ana Paula Viseu, da União Geral de Trabalhadores, ''não foram as mulheres que provocaram a crise, porque as mulheres não estão nos lugares de decisão, não estão nas organizações que definem as coisas, porque não chegam lá, não estão porque não há espaço para elas''. Também, as estatísticas provam que 60% dos trabalhadores pobres são mulheres. A pobreza impede que elas se elevem do nível de inferioridade já que ganham tão pouco que não podem satisfazer nem as suas necessidades básicas nem profissionais. 
            Se calhar sempre exageramos a precariedade da situação das mulheres, mas é obvio que continuam existindo desigualdades entre homens e mulheres no mercado de trabalho e na vida social. Se calhar justificamos as mulheres sem saber os pormenores só porque são as mulheres: uma ''espécie'' frágil, nascida da costela dum homem e ao longo da história maltratada pela mentalidade machista do mundo. Ou se calhar, devido a todas as injustiças, preconceito e discriminação que existe no mundo contemporâneo, as mulheres ficam mais fortes do que nunca sendo capazes de suportar a sua posição inferior.
Agata Świrgoń

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